No ranking Merco de avaliação corporativa, que avalia anualmente as empresas portuguesas que melhor cumprem os critérios ESG, o Grupo Nabeiro (Delta Cafés), a Sonae e a EDP lideraram a última edição de 2021.
Mais uma vez, pode-se recorrer às palavras de Roger Ballentine quando afirma que “o valor das ações de uma companhia não se define apenas pela sua competência em cortar custos e aumentar as vendas ou ter lucros”.
Os fatores ambientais pesam cada vez mais nas decisões de compra dos consumidores e podem ditar o futuro no mercado de uma companhia ou de um produto. Está demonstrado que as novas gerações são orientadas para a vida saudável, o respeito pelo ambiente e para a aquisição de produtos que refletem essa preocupação.
Até 2029, as gerações Millennial e Z representarão 72% da força de trabalho mundial, em comparação com 52% em 2019. Estas gerações dão mais importância às preocupações ambientais e sociais do que os seus antecessores – e esperam mais dos empregadores no que toca a estas questões. A Ipsos realizou vários estudos recentes que revelaram que 60% dos consumidores acreditam ter o poder para forçar as marcas a mudar e que 80% acreditam que podem exercer esse poder para tornar a sociedade num lugar melhor.
Para quase 70% dos inquiridos em 25 mercados, é importante saber que as empresas estão a fazer esforços reais para combater as alterações climáticas. E 50% dos consumidores participantes estão mais predispostos a confiar em marcas que têm programas de responsabilidade social e ambiental.
Gigantes americanas investiram no Sol
A aposta na energia solar como forma de rentabilizar um negócio, que é o principal foco do EDP Business Summit, é uma das vertentes dessa responsabilidade ambiental. A certeza de que vale a pena investir no Sol extravasou as fronteiras do Velho Continente e chegou aos Estados Unidos da América (EUA). As principais empresas tecnológicas norte-americanas, da Apple à Amazon, estão a canalizar investimentos massivos em energia solar, segundo dados da Solar Energy Industries Association (SEIA). Custos baixos, financiamento mais flexível e políticas estaduais e locais pró-ambiente estão a acelerar a adoção da energia solar comercial nos EUA, segundo a Forbes.
A energia solar também ganhou um novo impulso na Europa com o projeto da maior fábrica de painéis fotovoltaicos, a 3Sun, instalada na ilha da Sicília, Itália, e que terá um investimento de 600 milhões de euros, sendo que 118 milhões de euros são providenciados pelo Fundo para Inovação da União Europeia.