Este site usa cookies para melhorar a navegação. Ao navegar no website concorda com o seu uso. Para saber mais leia a nossa Política de Cookies.

A energia solar um importante motor da transição energética

A energia solar um importante motor da transição energética

O sol está no centro da transição energética das empresas, assegurando retorno garantido e um importante contributo para a descarbonização da economia. Este tema e a forma como a regulação e a inovação podem impulsionar a adoção da energia solar foram o tema central do EDP Business Summit.

Publicado em 28 de Outubro de 2022 às 18:29

A transição energética trará “85 milhões de empregos em 2030 e um grande aumento no PIB mundial”. Com esta premissa, Vera Pinto Pereira, Administradora Executiva da EDP, deu início à edição deste ano do EDP Business Summit, que se realizou no dia 27 de outubro, em Lisboa. Oradores internacionais como o norte-americano Roger Ballentine, ex-assessor do Presidente Bill Clinton para as alterações climáticas, ou o perito britânico em tendências tecnológicas e inovação, David Rowan, explicaram a investidores e a empresários do setor, como o investimento em energia solar pode ser um negócio lucrativo e, ao mesmo tempo, transformador do planeta.

“Here Comes The Sun” ou “Aí Vem o Sol”, o mote da conferência, serviu para mostrar que o sol é a fonte energética com maior potencial de crescimento no mundo. Está a ficar cada vez mais acessível e, graças à evolução na tecnologia das baterias, o seu armazenamento a longo prazo será uma realidade.

O contexto geopolítico mundial e as alterações climáticas vieram reforçar a necessidade de acelerar a a transição energética. É chegado o momento de as empresas se virarem para o “capitalismo climático”, como afirmou Roger Ballentine, que interveio remotamente, a partir dos Estados Unidos no painel, “Tudo sobre Transição Energética: Re-Imginando um Futuro Sustentável”.  Nesse novo capitalismo, as “energias limpas” significam “novos mercados”. De forma pragmática, “as alterações climáticas são uma questão empresarial e as empresas têm de as incorporar positivamente na sua estratégia”, frisou o presidente da Green Strategies Inc, empresa que presta serviços de consultoria de gestão e avaliação de investimentos, aquisição de energia limpa, política energética e ambiental na estratégia empresarial. Ballentine defendeu que só terão sucesso as empresas que cumprirem a estratégia ESG (Ambiente, Social e Governação).  

A EDP, responsável por este evento, é uma das empresas no ranking Merco de avaliação corporativa das que seguem as melhores práticas de gestão ESG em Portugal, estando entre as três principais, juntamente com o Grupo Nabeiro (Delta Cafés) e a Sonae na edição de 2021. Miguel Fonseca, administrador da EDP Comercial, salientou, no painel “Energia solar, uma escolha óbvia”, que o que faz a aceleração na escolha da energia solar “é uma chamada para a ação”. O REPowerEU surgiu ao abrigo da guerra na Ucrânia, lembrou o administrador da elétrica, mas antes disso foi assinado o Pacto Verde para a descarbonização no espaço europeu. O resultado está medido: “Este ano é expectável que a energia solar contribua em 60% para o crescimento da energia renovável. Uma tendência que esperemos que continue ”.

Solar e a independência energética

No atual contexto geopolítico que está a gerar uma crise energética, o sol, como chave da independência dos Estados europeus em relação à Rússia, foi lembrado também por Walburga Hemetsberger, CEO da Solar Power Europe, grupo que faz a ligação entre os legisladores e os políticos e 28 organizações do setor solar: “O RepowerEU será a resposta da agressão de Putin à Ucrânia e por isso temos de colocar as energias renováveis na linha da frente, tornarmo-nos independentes dos combustíveis fósseis da Rússia e fazê-lo o mais rápido possível”.

No painel sobre o “Armazenamento como Impulsionador da Transição Energética”, Walburga referiu que a estratégia solar da União Europeia (UE) nos próximos anos, implica ter 400GW de potência solar em 2025 e 750 GW em 2030 (e um combinado de 1100GW em fontes solar e eólica daqui a oito anos). Mas a ambição é a de ultrapassar essas metas já fixadas. “Um terawatt de energia solar, ou mil gigawatts, está ao nosso alcance”, frisou a CEO da Solar Power Europe. Neste momento, a UE tem 40GW de capacidade de armazenamento de solar e pretende-se que cresça para 200GW nos próximos oito anos.

É com a já acelerada inovação na tecnologia das baterias que estes objetivos poderão ser cumpridos. As perspetivas são otimistas, a atentar nos números dados por Sofia Tavares, diretora de marketing de produto B2B, da EDP Comercial: “A tecnologia das baterias está a evoluir muito rapidamente. Os custos estão a descer a pique”.

“Vamos armazenar o excesso de energia produzido pelo painel solar. E temos novos elementos, como veículos elétricos, que consomem e armazenam energia ao mesmo tempo. Uma bateria de um carro elétrico pode trazer eletricidade a cerca de 7 famílias”, acrescentou Sofia Tavares.

Essa evolução na tecnologia levou à simplicidade no design e no formato, de que é exemplo a bateria desenvolvida pela start-up norte-americana Yotta Energy e que pretende impulsionar a adoção deste tipo de soluções.

Este é o momento para inovar

Este é, portanto, “o momento para a inovação energética”, o tema do último painel do EDP Business Summit, enriquecido pela experiência do especialista em tendências tecnológicas, David Rowan, que está sempre a viajar pelo mundo para conhecer start-ups inovadoras e que reforçou a importância do talento para o desenvolvimento tecnológico ao serviço da descarbonização.

Para valorizar o talento e arriscar é preciso reconhecer o potencial de crescimento das energias renováveis no mundo, nomeadamente do solar. Uma escolha que foi explicada por Frederic El-Ahdab, Chief Security Officer (CSO) e diretor para a área da neutralidade carbónica do grupo Faurecia, especializado em soluções tecnológicas na indústria automóvel; Guy Pacheco, Chief Financial Officer (CFO) dos CTT e José Luís da Mata Torres, Diretor de Supply Chain da Sociedade Central de Cervejas. Todos eles têm a EDP como parceira de energia solar.


 


 

EDP
EDP Business Summit

Líderes e empresas comprometidos com a transição energética